sábado, 2 de novembro de 2019

Quando a sua essência é odiada pelos que ama...


“As pessoas só sabem que eu assusto.”
— 10 Coisas Que Eu Odeio em Você





Há 6 anos ouvi do meu então marido: Sabe o que eu odeio? Odeio essa forma de vc querer entender todos os porquês!

Aquilo até hoje ecoa em minha cabeça e dói! Hoje voltou a latejar!

Meu marido (atual) me disse mais ou menos a mesma coisa que ele me falou...não com essas palavras, não com a conotação de ódio....mas doeu como essa frase doeu há 6 anos.

Acho que finalmente entendi o que meu ex-marido quis expressar e o quanto eu devo ser chata e deve ser ruim conviver comigo. Eu busco o meu melhor e o melhor dos que estão comigo. E sou mais chata que o espelho da branca de neve ou o Grilo falante...ou o Gato da Alice.

É muito ruim não se sentir amada. Mas no fundo é assim que sou. Dispensável. Ser o que sai da caverna e  volta para contar que podemos enxergar o mundo lá fora como ele é de verdade não é o que a maioria das pessoas querem. Talvez eu fosse condenada a tomar cicuta por todos os que convivem comigo caso isso ainda fosse possível - inveja de Sócrates!

Não sei como me comportar de outra forma. Não sei mais como deve ser minha existência. 

Mas sinto que as pessoas devem estar certas sim... já me mandaram calar a boca, falar que parei aos 5 anos de idade pq tudo quero entender o porque, que odiavam meu jeito de ser e agora, que valorizo cada palavra como ela é falada e que tem receio de se expressar porque sempre terei algo a colocar e que convenço a todos com minhas argumentações e que as pessoas se cansam de contra-argumentar e por isso me deixam...

Sempre que essas coisas acontecem eu penso que seria melhor ir embora....ir embora de todos e me isolar em algum lugar em que não pudesse causar mal algum a ninguém. Em algum lugar em que nao precisasse me relacionar de forma intensa e próxima de ninguém. Assim acho que minha vida seria menos incomoda para outras pessoas.

Talvez por isso Deus ache que não devo ser mãe. Porque ser mãe significa ser alguém bom para os outros e essa é uma coisa que ninguém acha que sou.

Outro ponto é meu peso. Aumentei-o novamente. Pq? Pq desconto na comida minhas frustrações e anseios? Pq me deixo mal por isso?

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Decisões

Mudar dói. Tomar decisões ainda mais.

É mais fácil não a tomarmos e responsabilizarmos alguma outra pessoa. Se a pessoa não existe, tudo fica ainda melhor, pois ela nem receberá nossa crítica. Ou não! Ou somos ainda mais frustrados pois deixamos tudo o que sonhamos por algo que nunca existiu, apenas em nossa mente.

E se estivermos sempre nos boicotando? Se for uma técnica ninja para nunca fazermos o que realmente desejamos, pois temos tanto medo do desconhecido que conscientemente fazemos escolhas que colocam os outros na nossa frente? Dessa forma conseguimos 2 coisas de uma só vez: mostrar para nos mesmos como não somos dignas de sermos amadas ( pois não teremos retribuído o que deixamos de fazer pelo outro - e nem temos que ter) e não teremos nossos sonhos realizados ( pois não fomos atras dele).

Abdiquei de anseios desde que tinha 16 anos. Quando decidi que não  faria medicina pois queria dar atenção a minha família. Nunca parei para racionalizar que qualquer que fosse minha carreira, se eu quisesse ser boa no que fizesse eu precisaria me dedicar bastante. Não apenas como médica.
Quem não me deu atenção por estar focado em si? eu já encontrei a resposta. A pessoa que eu acho que foi embora por culpa minha...

Com 17 anos não fiquei mais tempo no lugar que mais amei estar por causa de um relacioanamento. Na verdade porque era a única pessoa que me dizia que sentia saudades de mim. Lembre-mo que com 14 anos, ao telefone, com saudades de minha mãe, ela me falou, sem eu dizer nada: ainda não deu tempo de sentir sua falta. Aquilo doeu. Doeu porque eu estava com saudades dela...e percebi que era tão dispensável que se eu ficasse longe talvez ninguém mais sentisse saudades de mim.

A verdade é que sempre me senti extremamente dispensável para todos. Como se eu precisasse o tempo todo mostrar que sou importante, que precisassem me dizer que sou importante e boa e que o que penso de mim não é suficiente, afinal de contas, sempre tem alguem que me é caro me julgando e falando mal de mim...e dizendo que não sou suficiente.

No momento preciso melhorar isso. Quero que meu filho tenha um ambiente saudável quando ele chegar. Quero ser uma pessoa melhor e que não cobre a ele toda essa carência emocional a qual estou repleta.

Vou cuidar de mim...com carinho...com o carinho e o amor que mereço...que sei que mereço.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Quando tudo parece perdido....

23 de agosto de 2019

Entre lágrimas, medos, lido com outra frustração.

Ando rápido, quero conhecer, descobrir e entender o mundo. Mas percebo que minha velocidade de caminhada é mais acelerada do que a de qualquer pessoa que esteja comigo.

Sinto-me sozinha. Abandonada. Deixada de lado.

Onde está o amor? Cadê o que prometeram, que estariam sempre ao meu laado?

Talvez eu seja essa mesmo. Que todos falam mal. Que ninguem quer estar perto. Que não serve para ninguem.

O dia que entender quem gosta de estar perto de mim, tavez entenda quando meu bebê possa chegar...para me amar...

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Demissão pós aborto aos quase 38...e aí?

Hoje finalmente consegui pensar e sentir no que está acontecendo comigo.

Depois de 3 anos de dedicação, empenho...de estresse...de um câncer que levei na gaita e trabalhando "super de boa", 2 abortos...no 3o fui demitida. Processo de contecção de despesas. Momento difícil da empresa.

Entendo a situação. Entendo. Concordo? Sinceramente? Não!

Não concordo pq eu sou a única pessoa de cargo estratégico sendo desligada, pq estava voltando de um processo doloroso, porque é TUDO APENAS SOBRE DINHEIRO!!!

E hoje caiu mais uma ficha: Quem vai empregar uma mulher de 38 anos sem filhos casada há 5 anos????

E o pior? Por um útero que não  quer funcionar! Não tem como não doer! 

A saúde e a sanidade de ninguém vale um emprego...

Tá foda!

sábado, 18 de maio de 2019

Lidando com perdas pelas perdas

Perdi meu filho...
Perdi minha estabilidade...
Perdi meu rumo...
Perdi meu emprego...

O mundo machista nos trata dessa forma e mais uma vez sou descastada por ter um útero. Dessa vez sei que existem mais componentes. O fato de ser mais do que a empresa precisa. Alias, muito mais do que ela precisa e o fato de ter um gestor que não está sabendo lidar com  o que ocorre e com as cobranças de promoção e melhoria.

Viu na minha demissão uma solução melhor do que lidar com o desconforto de me fazer me adequar e ajudar a arrumar a empresa, apesar de em TODAS as avaliações eu ter como ponto forte a visão de dona da empresa e na última não ter tido nada como ponto de melhoria.

A verdade incomoda e assusta aqueles que não estão prontos para tê-la.

Mas, apesar de parecer afrontoso e soberbo o que vou escrever e apesar de todo medo e insegurança que o desemprego mais uma vez me causa, EU TENHO CERTEZA QUE SOU MUITO MELHOR DO QUE A EMPRESA EM QUE ESTAVA. E que estar lá estava me tornando uma profissional medíocre, coisa que não sou.

Triste é vermos pessoas que gostamos tendo falas machistas. Nossa...como o machismo me dói! Dói demais!

Preciso agora arrumar o rumo...porque serão muitas mudanças... mas como diz aqui meu quadrinho motivacional: o seu sonho está a um passo da sua zona de conforto.

Beijos a todos...

terça-feira, 7 de maio de 2019

Seja grato, independente do que ocorra.



Nem sempre é fácil praticar a gratidão. Ainda mais em momentos dolorosos, que a alma se rasga por dentro e só queremos um casulinho que nos permita acordar de mais um pesadelo.

Nessas horas temos a oportunidade de nos vitimizar, sermos eternamente dilaceradas pela dor...ou aproveitarmos a chance para ver o que podemos aprender e pelo que podemos agradecer.

Meu pirlimpimpim ( acho que eram alguns pozinhos mágicos) e nao apenas um me mostrou o amor de uma forma linda. Me permitiu ama-lo por essas semanas que sabíamos de sua existência, ser amado pelos demais que me amam e, com sua partida, mostrar quem quer de fato meu bem. Mensagens de apoio e carinho recheraram meu celular e as mídias sociais.

Vou tentar manter o foco sobre o que tenho a agradecer.

Eu não te perdi...vc sempre será parte de minha historia, mas há ciclos longos e ciclos curtos...O nosso foi curto e extremamente intenso. Obrigada por me permitir fazer parte de sua evolução e por fazer parte da minha.

Amo vc para sempre...mesmo que nossa estrada juntos tenha sido curta.

domingo, 5 de maio de 2019

Lidando com o vazio da perda gestacional


Vamos falar, mais uma vez, sobre essa dor.

A dor que dilacera a alma, mas que muitas vezes temos que calar, pois não é validada...

A dor, perto de mais um dia das mães. Uma imagem que separa o parabéns pelo dia das mães de não significar nada para ninguém.

Aquele "presente" mais lindo que imaginei ganhar: ouvir as batidas de seu coração... serão trocados por rios de sangue e coágulos...mais uma vez...

Estou lendo e escrevendo novamente porque essa sou eu. Aquela que vai em um tema e procura entender o que é, por que é e o que passa... aquela que precisa dizer: hey, não é bem assim.... 

A que precisa sofrer também...e dar nomes aos seus bebês.

Minha escrita acabou virando um compêndio de bons textos, que já dizem tudo o que precisa ser dito...quem sabe assim cria-se consciência do que se precisa?



Lendo algumas coisas a respeito, encontrei o texto abaixo e me identifiquei (disponível no endereço: https://tab.uol.com.br/aborto/)

Para Bortoletti, a perda de um filho esperado, seja lá qual for o momento da gestação, tem o peso da perda de um parente próximo, com quem a mãe conviveu socialmente, e pode causar um sentimento de inadequação sobre a maternidade. Até porque, se o bebê era desejado, é consenso entre médicos que, psicologicamente, a mulher se torna mãe no momento em que o teste de gravidez dá positivo. “Há muita subjetividade nisso, mas já ouvi de uma cliente que perdeu muito precocemente e que mostrou um sinal de avanço ao admitir que ela era mãe, que ela não tinha uma criança ali, mas ela era mãe”, afirma a psicoterapeuta Ana Maria Lana.

O batimento cardíaco é a primeira forma de comunicação do casal com o bebê. Na sala de exame, eles recebem boas e más notícias. O organismo do feto não é o mesmo da mulher gestante, mas, por estar em seu ventre, ela o sente como parte de si. Perder esse elo antes de nove meses é como perder um fragmento do próprio corpo. “Eu diria que é o maior estresse que alguém pode passar”, diz Bortoletti. “É como se uma parte sua morresse e a outra ficasse viva”, completa. Por isso, “o mundo cai” quando se ouve, na sala de ultrassonografia, “sinto muito, perdemos seu bebê”.

“[Mesmo na barriga], o bebê é sentido como um filho. Pessoas acham que há uma diferença entre a dor da perda no primeiro ou no último mês. Mas, para quem está ali nutrindo expectativas para aquele filho, não há”, afirma a psicóloga Liliana Seger, do Hospital das Clínicas de São Paulo e autora do livro “Cadê você, bebê?” (Editora Segmento Farma, 2014). Quando o filho adulto de uma mulher morre, ela perde o passado que teve com ele, as lembranças. No caso de um bebê ainda na gestação, os pais sentem como se tivessem perdido o futuro que eles esperavam viver juntos.  

A perda gestacional, no entanto, é tida como invisível porque esses rituais não são feitos. Inclusive, há uma busca pela validação da vida do bebê e do casal como pais no âmbito judiciário: atualmente, o natimorto é registrado sob o nome dos pais, mas eles querem que o nome completo do filho apareça no atestado de óbito. Desde 2013, o Estado de São Paulo é o único que permite atribuir um nome ao natimorto. Há também a reivindicação por atestado de óbitos para fetos mortos antes das 22 semanas de gestação. Se o Estado não reconhece aquele bebê como um ser humano, como as pessoas poderão tratar o luto dos pais da forma correta?

A perda no início da gestação costuma ser ainda mais complexa, já que não há um corpo para se despedir. Para ajudar na recuperação da mulher, psicólogos têm vários instrumentos para trabalhar o luto. Um deles é o exercício de visualização. “A gente faz uma conversa entre a mãe e o bebê, para que ela possa se desligar e se despedir dele”, afirma Fátima Bortoletti. O método pode ajudar a prevenir a depressão após o aborto. “A mulher pode não suportar e acabar vivendo essa morte de uma forma dolorosa para o resto da vida”, completa

Materializar a vida daquele feto em quadros a serem pintados ou balões brancos a serem soltos em um dia de sol no parque também ajudam. Esse último ritual é feito anualmente pelo grupo Do Luto à Luta, no Rio de Janeiro. “Concretiza a despedida, já que ela não pôde ser feita de outra forma”, afirma Ana Maria Lana.

MÉDICO HUMANO

Após um óbito fetal, é comum os pais envolvidos evitarem o convívio com bebês e grávidas por meses. Ouvir um choro de bebê pode ser angustiante. O aspecto psicológico da perda gestacional, porém, não é levado em conta na maioria das maternidades brasileiras. Pacientes que perderam o bebê são colocadas em ambientes com famílias que estão com seus recém-nascidos. A recomendação psicológica é deixá-las isoladas, mas o protocolo as trata como alguém que teve um bebê. Ponto. Não importa se ele está vivo ou morto. 

De acordo com Domont, as equipes são treinadas, atualmente, para lidar estritamente com o “final feliz”, o nascimento de um bebê. A morte não costuma ser levada em conta. Contudo, equipes médicas humanizadas e ONGs têm feito campanha para mudar o modelo. “Ela está em um momento muito único, precisa receber uma atenção completamente diferente da equipe médica”, afirma Domont. “Ela deveria ser identificada de maneira que sua parte emocional seja mais compreendida”, completa.



“Quando o indivíduo não passou por isso ou não viveu essa experiência, ele tem uma tentativa de julgar esta situação. Acha que, porque a mãe não conviveu com o bebê, não tem por que sofrer”, diz a psicóloga Liliana Seger. O silêncio vem, então, da falta de empatia. E, quando é quebrado, são por frases feitas - “Você é jovem, vai ter outro bebê”. “Ele agora é um anjo lá no céu” -, criando um sentimento de desmerecimento na família.

Depoimento de Tássia: “Depois dessa perda gestacional eu conheci um tipo de luto que, além de não ser reconhecido em nossa sociedade, é desmerecido. Cada ser humano é único. Cada filho tem sua importância independente do tempo que tenha vivido. Não podemos mensurar o amor e a importância que as pessoas têm em nossa vida. Às vezes um abraço é suficiente.”... 

Rafaella “Quando a gente passa por uma perda e a gente enluta, as outras pessoas enlutam com a gente. Você conheceu e criou um vínculo com aquela pessoa que está partindo. No caso de uma perda gestacional, ninguém criou um vínculo com o bebê, só a mãe, o pai e a família. Ninguém foi ao sepultamento de Miguel, eu também não fui. Não existe este protocolo social.”... ( completo aqui que as vezes apenas a mãe).

As mulheres que passam por essa situação não se sentem acolhidas nem mesmo em grupos convencionais de apoio ao luto. O casal tem medo de ser julgado, pois estão sofrendo por “apenas” um feto. Uma das mulheres presentes ao evento citado no início da reportagem explicou o "julgamento" com uma frase da escritora norte-americana Sherokee Ilse: “A sociedade mede a dor pelo tamanho do caixão”. De fato, há poucos grupos de apoio à perda gestacional e neonatal. O TAB não encontrou nenhum em São Paulo (SP). Em Campinas, há encontros mensais do SobreViver, enquanto o Rio é a casa do Do Luto à Luta.

Sobre o trecho acima - como fui julgada. Era APENAS um feto! Não...era meu filho...meu sonho...meu futuro. Que acabou de esvair de minhas mãos!

Faz diferença perder um filho com 1 ano ou com 10 anos? Não! A dor será imensa, horrível...  porque motivo medem a dor pelas semanas que estivemos grávidas?????

A melhor forma de consolar uma pessoa que teve uma perda gestacional é, segundo a psicóloga Liliana Seger, falar pouco e ouvir mais. Deixá-la quebrar este silêncio, deixá-la desabafar o quanto precisar. “Acolher é ouvir, não mudar de assunto. As pessoas ficam sem graça, mudam o foco, mas isso faz a pessoa se sentir desvalorizada, desentendida”, complementa....

A reportagem acima é muito boa, é humana....tocando em pontos que são pouco mencionados e de fato existem. Como pessoa que passa pela 4a perda gestacional, sei o quanto fui julgada por minha dor e sofrimento. E o quanto doeu e ainda dói essa falta de validação de quem sou e de meu sofrimento.



Contar ou não contar sobre a gravidez antes das 12 semanas?? (disponível em https://blog.casadadoula.com.br/2018/10/02/perda-gestacional-no-primeiro-trimestre-apoio-e-informacao/ )

Contar ou não contar sobre a gravidez neste início é algo muito individual e não é o foco desta discussão, apenas quis ilustrar uma diferença de perspectiva. O ponto é que uma gestação que não evolui no primeiro trimestre nada tem a ver com contar aos outros, e sim com o fato de ocorrer com relativa frequência. A interrupção inevitável de uma gestação até as 20 semanas pode atingir 1 em cada 5 mulheres. ( já estou com quase todas as mulheres da estatística...e salvei algumas de passarem por isso). Cerca de 15 a 20% das gestações podem terminar em abortamento, com até ¾ ocorrendo antes das 12 semanas. Acredita-se que metade ocorra devido a anormalidades cromossômicas. Estima-se também que 60% dos embriões que não ultrapassam a oitava semana apresentam alguma alteração genética não compatível com a vida.

Esta alta prevalência torna a perda gestacional um acontecimento pouquíssimo considerado pelos profissionais de saúde e também pela maioria das pessoas. Na realidade é um momento muito difícil, especialmente para a mulher, e uma dor legítima que deve ganhar visibilidade. Infelizmente, a crença de que só se deve expôr a gestação após o primeiro trimestre apenas reforça a invisibilidade e a solidão da perda gestacional. Ao passar por uma perda, nos deparamos com um número enorme de mulheres que sofreram em silêncio.

As pessoas não estão preparadas para lidar com a morte. Muito menos em um período em que se comemora e se espera a vida! Por se tratar de algo tão “pequeno” aos olhos dos outros, tenta-se minimizar ou até mesmo negligenciar a dor da mulher que passa por uma perda. É muito comum ouvir frases como: “Calma, logo você engravida de novo” ou “Foi melhor assim, no início, imagina se nasce com algum problema”. Nesse âmbito, o luto de uma perda gestacional costuma ser invisível e silencioso, sem espaço para ser vivenciado. Porém é um luto como qualquer outro. É um luto de sonhos não vividos, de expectativas não concretizadas, é o vazio da falta de alguém com quem se conviveu por pouco tempo e não se teve a oportunidade de criar laços mais profundos.


Fatores que influenciam o luto

A maneira como as próprias mulheres lidam com a situação, de quem recebem apoio e como são tratadas nos estabelecimentos de saúde, são fatores que impactam a experiência da perda de modo muito significativo. Aqui podemos destacar a importância de uma rede de apoio. O fardo torna-se menos pesado se a mulher for cercada de pessoas dispostas a ouvir com empatia e acolher, sem frases prontas que tentem minimizar seus sentimentos. O luto na mulher costuma ser sentido por mais tempo, já que viveu a gravidez, e muitas vezes isso é difícil de ser compreendido pelo outro. No entanto, é imprescindível dar vazão a estes sentimentos, para que sejam elaborados e respeitados. Quem passa pela perda precisa ser estimulado a sentir sua importância, sabendo que a dor é reconhecida e compreendida. Mulheres deveriam ser encorajadas a viver suas gestações independente do tempo que duram, e a viver o luto pelo tempo que for necessário. ( mas o que acontece é que somos julgadas - por que contou tão cedo?? Deveria se privar! exatamente para que a dor de sua perda seja silenciada e não percebida por mais ninguém, pois ela nem deveria existir!!!!)

Outro fator decisivo é a assistência recebida pela mulher durante a perda. Em geral, profissionais de saúde não estão preparados para lidar com situações de morte ou simplesmente encaram como algo trivial em sua prática clínica. Profissionais precisam ser treinados para ajudar seus pacientes a lidar com a situação, sem esquecer que, para quem está passando por isso, é uma situação única que provavelmente deixará marcas e merece todo o respeito e acolhimento.

Outro fator decisivo é a assistência recebida pela mulher durante a perda. Em geral, profissionais de saúde não estão preparados para lidar com situações de morte ou simplesmente encaram como algo trivial em sua prática clínica. Profissionais precisam ser treinados para ajudar seus pacientes a lidar com a situação, sem esquecer que, para quem está passando por isso, é uma situação única que provavelmente deixará marcas e merece todo o respeito e acolhimento.

Aqui cabe destacar que um abortamento pode evoluir para infecção, portanto é preciso se atentar a alguns sinais como febre, corrimento ou sangramento com mau odor, mal-estar geral, desmaios. Se apresentar estes sintomas, a conduta é procurar o hospital o mais rápido possível.


E claro que tem que ter minha parte nerd - tecnicamente, quais os tipos, como acontecem???

Na conduta expectante, não há necessidade de internação. Uma maior taxa de sucesso é relatada em casos de abortamento incompleto, em comparação ao aborto retido (96 x 62 %). Em estudos nos quais se aguardou de 2 a 6 semanas, a taxa de sucesso no caso de aborto incompleto foi de 80-90%, em comparação a 65-75% no caso de aborto retido. Dentre suas vantagens, pode-se citar a redução do risco de infecção e do estresse/medo gerados pelo ambiente hospitalar. Muitas mulheres optam por aguardar a resolução natural, porém outras desistem no meio do caminho. Dentre suas desvantagens, é um método mais demorado e que pode requerer um tratamento adicional para esvaziamento uterino. Neste caso, a espera pode impactar negativamente a rotina e pode trazer mais angústia a uma mulher que já se encontra fragilizada pela perda de seu bebê. Geralmente, se não ocorre a expulsão em duas semanas, novos métodos podem ser oferecidos à mulher. Este método não impacta gestações futuras e a mulher pode reiniciar as tentativas logo após o primeiro ciclo.

O tratamento farmacológico é realizado em ambiente hospitalar após internação. É administrado misoprostol (um análogo da prostaglandina E1, utilizado para promover o amolecimento e a dilatação do colo do útero e contrações) por via oral, sublingual ou principalmente vaginal em doses e intervalos regulares até o completo esvaziamento uterino. Pode provocar cólicas dolorosas e sangramento mais intenso, a depender da idade gestacional, além de outros efeitos adversos como náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia. Dentre suas vantagens, evita o emprego de procedimentos mais invasivos e de anestesia ou sedação, apresentando uma alta taxa de sucesso (84 a 93%). Porém após o fim deste procedimento, um ultrassom deve ser realizado para constatar se todo o conteúdo uterino foi realmente expelido. Dentre suas desvantagens, pode ser mais demorado, ocorrer sangramento excessivo e ser desconfortável para a mulher sentir e ver a expulsão. Em alguns casos pode ser necessário realizar um tratamento cirúrgico adicional. O tratamento farmacológico é também utilizado para amolecimento ou dilatação do colo do útero previamente à realização de procedimentos como a curetagem e a AMIU.

Em relação ao tratamento cirúrgico, mulheres que optam por esta resolução apontam como vantagem ser um método mais rápido e amparado pelo âmbito hospitalar, o que traz mais segurança. É realizado sob internação e não compromete a fertilidade futura. O método recomendado pela Organização Mundial de Saúde e pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia é a AMIU. É um procedimento que utiliza cânulas com diâmetros variáveis acopladas a uma seringa à vácuo, promovendo a limpeza uterina e retirada dos restos ovulares através de aspiração. Deve ser utilizado em gestações com menos de 12 semanas. Por se tratar de cânulas plásticas e mais flexíveis, os riscos de perfuração uterina são menores que na curetagem. Pode ser realizado sob raquianestesia, sedação ou anestesia local por meio de bloqueio paracervical. Já na curetagem, após dilatação do colo do útero, faz-se uma raspagem cuidadosa do conteúdo da cavidade uterina utilizando a cureta, um instrumento cirúrgico que é uma espécie de colher. Também é realizada sob sedação ou anestesia. O procedimento apresenta mais riscos, como perfuração uterina, infecção, aderências uterinas, trauma do colo uterino e risco de acretismo placentário em gestações futuras. Para os dois procedimentos, não existe um consenso sobre o tempo que deve-se aguardar antes de tentar uma nova gravidez. Para mulheres que passaram por AMIU, costuma-se recomendar 3 meses ou ciclos, e para aquelas que passaram por curetagem, cerca de 3 a 6 meses ou ciclos.

Ao comparar os diferentes métodos, alguns estudos demonstraram uma superioridade de eficácia do tratamento farmacológico em relação à conduta expectante (88,5 x 44,2%), e também uma melhor aceitação por parte das pacientes. Já uma revisão sistemática da literatura comparou a conduta expectante com o tratamento cirúrgico e apontou, para a conduta expectante, um risco aumentado de esvaziamento incompleto do útero, de maior sangramento e de necessidade de transfusão sanguínea, porém sem diferenças em relação ao risco de infecção ou aos resultados psicológicos após cada conduta. Portanto, não existem estudos que apontam grandes vantagens para algum método em detrimento de outro, indicando que no processo de escolha a equipe de assistência deve oferecer os métodos disponíveis e discutir seus riscos e benefícios, porém o mais importante é ouvir e respeitar a decisão da mulher, reforçando sua autonomia.



Perda gestacional: uma dor bastante subestimada ( disponível em https://www.vittude.com/blog/perda-gestacional/ )

Há uma grande dificuldade social em lidar com a morte. É possível perceber isso por meio das mortes institucionalizadas, rituais cada vez mais curtos ou inexistentes e a dificuldade em entrar em contato com sentimentos que evoquem a tristeza e a dor. Décadas atrás, o “beber o morto”, os longos velórios, os velórios em casa, todos esses rituais traziam proximidade a morte e ao rompimento. Possibilitavam a expressão da dor e uma organização emocional o que auxiliava muito no processo do luto.

Se falar de morte já é difícil, pensa falar de morte em um momento de vida? A perda gestacional ou neonatal é um dos lutos mais complexos e de menor validação social. Estamos falando que em um momento de vida há morte. A efemeridade da vida fica escancarada. A proximidade da morte em qualquer momento do ciclo vital expõe a fragilidade do ser humano. E com toda essa contradição e sentimentos confusos temos inúmeros pais sendo negligenciados em suas dores.

Dizer aos pais que acabam de perder seu filho em algum momento da gestação ou pós-nascimento que “logo terão outro filho”, “foi melhor assim”, “vocês nem vão sentir tanto já que quase não conviveram” ou “foi vontade de Deus” não é saudável.

Essas afirmações e tantas outras coisas só menosprezam e invalidam todo o investimento emocional. Invalidam as expectativas e os desejos que permeavam a chegada desse filho. Sonhos que muitas vezes são construídos antes mesmo da concepção. Elas fazem com que esse luto seja vivido no isolamento, sem expressão, podendo gerar complicadores e até mesmo um processo de luto complicado.



Perda gestacional e o sentimento de culpa



Sentimentos de fracasso e culpa são comuns. E a dificuldade de validar essa nova identidade socialmente – pais de um filho morto, pode ser grande, o que dificulta a expressão dessa dor. O homem, muitas vezes, se coloca como coadjuvante. Abafa sua dor com a intenção de não aumentar o sofrimento da esposa. No entanto, ele também fez investimentos emocionais, construindo sonhos e planos para a vivência com esse filho. Dar espaço, validar e tornar possível a comunicação entre esse casal sobre essa perda é muito importante. Muitas vezes a mulher sente-se incomodada. Inadequada diante de sua dor e a falta de expressão do marido, provocando um distanciamento.

Nesse momento, vale ressaltar a importância do acolhimento emocional. Mostrar aos casais que emoções como tristeza, frustração e choque são absolutamente normais e esperadas diante desta perda.

Falar com pessoas que tiveram experiência semelhante, participar de grupos ou buscar ajuda especializada são formas de expressar esses sentimentos e dar vazão a essa dor. Podendo assim perceber seus recursos e força para continuar seu caminho com essa nova realidade. A psicoterapia também pode ser um excelente caminho para elaborar melhor os sentimentos desse luto.

A perda gestacional é um acontecimento potencialmente traumático. Enfrentá-la e ultrapassá-la é uma tarefa que coloca em causa o equilíbrio psicossomático dos casais, em especial da mulher. Caso perceba que o sofrimento emocional não está diminuindo, procure a ajuda de um psicólogo.

Abaixo um vídeo do youtube que fala sobre o sentimento que temos quando vivenciamos essa dor. 

Vivencio-a nesse momento pela 4a vez...não sei o que preciso aprender, por que preciso passar por isso...e os questionamentos pioram a dor. Preciso apenas confiar...






Se tiver passando por algo que cause dor e queira conversar...fiquei a vontade para compartilhar aqui.

Espero poder ajudar com essa compilação...

Beijos

sábado, 4 de maio de 2019

De quantos não é feito um sim?

Ou seria, de quantas perdas precisamos para termos uma vitória?

Existem muitos casais que não precisaram perder nunca. Outros só perderam. Outros não tiveram sequer a chance de perder. Por que? Porque cada um é cada um...e a dor que precisamos enfrentar para evoluir e os nossos desafios e obstáculos somente nós e Deus damos conta.

Estou enfrentando minha 4a perda gestacional. Uma gravidez química em dezembro/2014; uma FIV que não desenvolveu corretamente em maio/2017; uma gravidez anembrionária...e agora uma gestação em que nada se desenvolveu: nem feto nem saco gestacional.

Dessa vez fiz tudo diferente: compartilhei com as pessoas queridas, fui positiva, olhei para o futuro... mas não funcionou...até na Perinatal com um pequeno sangramento...eu ainda estava tentando pensar positivo...que eu ia ver meu bebê e ouvir seu coração. Apesar do medo ter ficado cada vez mais forte.

Ao menos não neguei uma dose de amor ao meu bebê. Ele teve todo amor que eu pude dar ao longo dessas semanas, desde que soube que ele estava aqui comigo. E que ele tenha conseguido a evolução espiritual que precisava. Se Deus me acha fortaleza para que meus filhos evoluam...devo ser de fato essa fortaleza.

Ao contrário da outra experiência...como contei a quem sei que me quer bem...as mensagens de apoio e carinho foram imensas.

Não posso negar que me sinto incompetente e incapaz. Que estou me sentindo um lixo ambulante.... mas estou tentando pensar que meu filho precisava desse tempo comigo para se fortalecer e ser o que de melhor poderíamos fazer um pelo outro.

Meu pirlipimpim... mamãe vai te amar para sempre.

Meu pequeno milagre, meu picolé, meu ovinho e meu pirlimpimpim...meu 4 filhotes amados que estiveram dentro de mim...amarei vocês para sempre...

meu filho de agosto, de janeiro, de abril e de dezembro,...

Deus...te peço que por favor me auxilie nesse momento e em todos os outros de desespero, que sei que aparecerão.

Meu presente de natal...se foi...

Acho que todos os meus filhos já eram muito especiais...ainda mais para esse mundo louco.

Beijos, com dor,..dilacerada...mas se sentindo amada.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Síndrome de Burnout

O episódio do gato aconteceu no domingo... dia 14 de abril. Desde então eu paralisei. Não apenas o meu comando ao corpo do que fazer, como fazer e quando fazer...mas também todo o meu querer fazer.
E foi desencadeado o processo...
nem sobre o trabalho consigo escrever...
o propósito se perdeu.
muita onda amparada ao longo dos últimos anos: não aguentei mais!

Pq não posso ser frágil?

O gatinho - Quase por Tarantino

Muitas vezes não valorizam quem você é, até você não mais ser
Outras o que você faz, até você não mais fazer
E quando não valorizam o seu sentir, como desaparecer?

Um barulho, algo quebrando...será que o pneu furou?
O que será que houve? Vou olhar!
Oh meu Deus!!!! Não!!! Não era um objeto!
Vejo um gato imenso parado, que de repente começa a chacoalhar sem parar!!!

Volto 5 segundos no tempo e percebo que o barulho era de ossos quebrando
Meu coração segue então palpitando e quase parando
Minha mente a mil, não para de pensar nem por um microssegundo
Mas meu corpo sinto pela primeira vez paralisando...

De repente o rabo peludo levanta,
E a cabeça se revira, os olhos esbugalham!
A cabeça roda, roda, roda....e sangue jorra por todos os lados!!!!!
Minha cabeça pensa: não posso toca-lo, corro ao veterinário, rezo, afasto as crianças, sente dor, mas os movimentos falham...

Meu único gesto? Mãos a boca! Um ganido e lágrimas!
Intempestivas, descontroladas e descomedidas...sem fim
A razão consegue vencer a paralisia dos gesto com uma ordem:
Tire as crianças daqui, eu vejo o que faço – realmente não penso muito em mim.

Aquela cena de filme de horror – que eu tanto detesto
Sangue para todos os lados – corpo e dor
E sem saber o que fazer e como fazer
Com todos os meus músculos em choque da cena e do pavor.

Finalmente a reação se fez – em 3 minutos que mais pareciam 1000
Corri para a clínica próxima de casa de uma vez
Ainda aos prantos, ainda sem saber o que fazer
Mas ao menos algo se fez.

A veterinária, um doce, me consolou,
Disse-me que a possível dor do felino que tanto estava a me atordoar
era um provável espasmo pos-mortem
E que nada ele sentiu, que foi rápido e que eu tinha a opção de o cremar.

Mas ninguém podia ir comigo pegar o gatinho
Que na verdade era um gato imenso e pesado
Me deram um saco e uma luva e o porteiro
Colocou-o lá dentro e eu o carreguei, chorando mais uma vez, ao meu lado.

Rezei pelo gatinho, pedi desculpas
Sei que a culpa não foi minha nem de ninguém
Mas até agora a imagem que vi
Não para de vir a minha cabeça nem por um vintém.

E depois de tudo isso que aconteceu
Vocês acham que recebi um abraço ou um conforto de alguém?
Um pouco de meu enteado, que estava triste e me consolou
Mas só, pois sozinha estava e não tive abraço de mais ninguém.


domingo, 31 de março de 2019

As atrocidades que escutamos

Olá!
Não sei com relação a cada uma de vocês que passa pelo processo de dificuldade / perdas / expectativa / frustração... como é a relação com a sua menstruação a cada mês, com a expectativa de familiares e amigos próximos ( que sabem da sua dor), dos que não sabem de sua dor e apenas daqueles curiosos.
Para mim, esse processo que está indo para o 7o ano ( esse ano é o ano do nosso divórcio..hehehe), me fez aprender principalmente que uma série de perguntas que fazemos às mulheres muitas vezes doem como facas pontiagudas enfiadas em nossos peitos. E eu já fiz muitas dessas perguntas.
Tenho algumas coisas que ouvi, bem dolorosas, ao longos desses anos:

1) Quando o bebê vem? O tempo está passando, hein? Depois não tem mais como ser mãe e vai se arrepender!

2) Perdeu de novo? E está triste? Ai, amiga, ainda não se acostumou?

3) Quando você deixar de pensar nisso você engravida / quando vc não estiver mais ansiosa você engravida!

4) Mas ainda está triste??? Caramba, mas tinha tão pouco tempo de gravidez! Cruzes, a vida segue! Daqui a pouco engravida de novo.

5) Deus sabe o que faz...devia ter algum problema!

6) Que bom que perdeu logo no comecinho né? Assim dói menos!

7) Ela pode querer engravidar e se vcs se separarem ela vai querer pensão. E aí vai ser complicado. Melhor não ter filho não, você já é pai de um de outro casamento.

8) Você não sabe o que é ser mãe!

Poderia ficar dias e dias listando aqui a relação de coisas que escutamos e doem...

Minha lista é um pouco diferente pois tenho um enteado, que amo como filho.

Ouço críticas pq nao tenho filhos, pq quero, pq a idade passa, pq meu marido tem um filho do 1o casamento ( no caso, o pensamento machista retrogrado de que mulheres querem fazer filhos em homens para ter pensão e mais ainda, de que eu sou o tipo de mulher que daria um golpe em caso de separação - desacreditando em minha índole). Por que só vou entender o que é o amor de mãe o dia que eu tiver o MEU filho ( porque fazem pouco caso do amor que tenho pelo meu enteado)...

Enfim...e vcs? Quais as frases surreais que escutam?

As vezes eu tenho vontade de mandar todos a merda. O mais recente eu ainda vou mandar, sutilmente, mas vou!

Abraços e beijos a todos!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O propósito de tudo

Tudo tem um porquê, mesmo que a gente não entenda nada.

Escrevi esse blog na ânsia de poder ajudar pessoas que passassem pelo que passei e não encontrassem as respostas as mesmas perguntas que eu fiz...mas que eu tive, infelizmente, a resposta em minhas mãos. Não achei que pudesse ajudar tantas pessoas.

Fico grata por perceber que o ímpeto de ajudar, mesmo que na dor, outras pessoas a sofrerem menos de fato valeu para outras pessoas.

Obrigada a quem deixou mensagem e a quem não deixou também. Obrigada por ter tido esse insight e escrito para ajudar outras pessoas.

E que no futuro, possa ser inspiração por tudo o que passei, vivi e as conquistas que realizei...um exemplo de fé, resiliência e grandes aprendizados.

Nós não sabemos, não entendemos, mas o propósito é maior do que nós mesmos imaginamos.

estejamos abertos ao amor.

Nos reconstruindo a cada passo, por mais difícil e doloroso que ele possa ser.

Um beijos para todos