Em que momento nós perdemos de nós?
De nossos sonhos, anseios e desejos...
Em que momentos afrouxamos os dedos e apertamos as amarras
E seguimos caminhando juntos, em descompasso, olhando cada um para um lado?
Quando foi que permitimos que um ruído surgisse...
E não o silenciamos com conversas e sim com mais barulhos ou segredos?
Quando foi que abdicamos dos prazeres de estar em compania
Para apenas olhar para o outro, e com dor, culpá-lo, apontando dedos?
Ainda me questiono, não sei não questionar
Mas pensar e refletir faz a culpa ressaltar
Não sou o que sou ou quem sou se me deixar levar
Pelo breve, pelo raso, pelo lento e insosso caminhar...
Hoje mais uma vez tive um tempo maior em meu caminhar...e esses percursos solo me permitem pensar mais e chorar. Um choro que parece que não vai acabar e que parece que nada vai solucionar...nem que ninguém quer...
Cada dia mais tento me calar. Cada palavra não dita é um rombo que se abre em mim. Cada ponderação que não faço...cada medida que não demonstro... não sei se daqui a algum tempo não saberei mais quem sou eu, ou se estarei apenas existindo no mundo real e vivendo no mundo das ideias. I was there before and it´s not the best way to live.
Sigo sangrando...não tenho para quem contar essas coisas. Ainda tenho dor. Talvez esse mês novamente um anjinho tenha vindo ficar pertinho de mim, mas com o ambiente inóspito que encontrou, com um genitor que apenas o aceita se for perfeito percorrendo de A a B conforme previamente planejado em sua cabeça e que não o deseja e uma mãe muito triste...ele tenha mudado de ideia e resolvido voltar para a casa do papai do Ceu e venha em outra família. Talvez dessa forma ele seja mais feliz. Torço para que sim. Mas ainda me assusta estar sangrando por 11 dias ( mesmo que de forma fraca e não constante) e ter dor...mas tb, se tiver que estar com alguma outra doença...tudo bem... sei que posso lidar com essas coisas eu e eu...
Estou tentando ver o melhor do mundo, extrair o melhor de mim ajudando as pessoas e não contando para ninguem. Isso é importante.
É isso...caminhando com o vento em rodamoinho...tentando não cair nem chorar.
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